PJ Leste 1: Dom Erwin Krautler: 'Fé e medo são incompatíveis'

9 de maio de 2011

Dom Erwin Krautler: 'Fé e medo são incompatíveis'

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Fonte: Redação A12

O bispo da Prelazia do Xingu (PA), Dom Erwin Krautler presidiu a Santa Missa com Laudes às 7h30, no Altar Central, doSantuário Nacional.

Após o retiro espiritual conduzido pelo Prefeito da Congregação para os Bispos Cardeal Marc Ouellet no final de semana, os bispos presentes em Aparecida retomam as atividades normais da 49ª Assembleia Geral.

Em sua homilia, Dom Erwin Krautler destacou a situação dos povos indígenas, questões ecológicas da Amazônia e circunstâncias de violência que ocorrem em Estados do Norte e Nordeste do Brasil.

O bispo da Prelazia do Xingu também falou que o Evangelho de São João não fala de milagres, mas sim em sinais.

“ A finalidade principal dos sinais é despertar a fé em Jesus, o Cristo. Como sinais também a fé é obra de Deus. Ela não é imposta, mas requer uma decisão pessoal de comprometer-se com Jesus, filho de Deus”, afirmou.

Dom Erwin ressaltou que a fé e o medo são incompatíveis, quando o medo invade o coração, gera angustia, abala o nosso ser e alicerces.

“ Crer na presença de Jesus expulsa o medo. A fé dá coragem, o medo paralisa. Crer é viver na proximidade de Deus, desfrutar da intimidade de Deus”, afirmou.

O bispo ressaltou que é páscoa e a vida venceu a morte, onde amor triunfa sobre o ódio e a guerra.

Dom Erwin falou sobre as cruzes que continuam erguidas pelo mundo e citou como exemplos a situação enfrentada pelos povos indígenas, às vítimas do trafico humano e a destruição desordenada do meio ambiente, visando lucro e o progresso.

“Irmãos e irmãs, que Páscoa celebramos quando vemos o nosso planeta cada vez mais ameaçado de destruição por esta geração que compromete seriamente a vida de seus filhos e seus netos?, indagou.

Concluindo sua reflexão, Dom Erwin falou que celebrar a Páscoa significa estar pronto para trabalhar nas obras de Deus.

“A obra de Deus é crer naquele que Ele enviou. É querer defender a justiça e o amor onde a violência e o ódio ferem a dignidade e os direitos humanos. Querer admirar com gratidão o lar que Deus criou para todos nós, cuidar dele e zelar com carinho por ele em vista das gerações que vem depois de nós”, finalizou.